08/04/2011

o vento em lego
as migalhas da miragem
as aventuras do sulco
o harém da trincheira
banda de Voroshilovgrado não se reconhece no espelho
assassino mata Nin Guém
Abraão fere Isaque nos lábios de cereja e depois se ata
Eva Mitocondrial
Tesoura Sem Ponta
psiu púbis feudo limbo
proustrado feio lindo genuflorescido
malva albertímida Björk da era edo
a canção do medo

proibido exagero?
a bíblia escrita por Marcel
duraria 4’33’’

descontinua logo

me desperta vespertine
me vespera de espera
me aura a hora
me adia o dia
me ardia a tora
atura fogueiras à tona
de teus poros
minha falha à altura
sobranceira superabundante
e inestimável etc
para esta guerra branca sem brânquias
guelras uma gula

às vezes infini
to plow
às vezes novela das oi
to blow
Fernanda Montenegro
Sóror Juana Inés de la Cruz
um circui
to show    
um hor
to asshole
e a víbora de rapina
que não existe ainda bem

meus tomos átomos e
pomos
excretados por teus poros
pele rouca
p.s. de segunda
lido seiscentas sextas-feiras depois

sobre olheiras
sem sobrenome
copulam
minhas patas
sujas
de tuas
antenas

remela e sopa
recursos contra Crepúsculo X
ou Tempoleão, o conquistador

meu balbucio é um artrópode ectoparasita hematófago
com um dom

então amarelesser
despir-me

descontinua, logos

segunda mil e uma noites
terceira primeira série
quarta vez da língua na primeira dimensão da fractal
dízima periódica dívida
enquanto esplendor em espécie é terra prometida nesta peristalse emocionante

nesta peristalse virgem
e verde
bovary-se chora-se
até que o abismo aceite
minha amora podre de madura
s.o.s-se

corajosamente
enfiei minha mão
em seus cabelos
e colhi deles
os tamarindos
mais tristes
de 1992

diretamente para tua tampa
novamente, talvez sem luta
minha mente e manto 

num elmo de manteiga
uma vez em luto
letal e lisonjeiro
eis que cedo venho

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